[Ah! como eu te amo...] (Dueto)

[Ah! como eu te amo...] (Dueto)

Amar?!
O amor...
O que é, na verdade, o amor?
Sê-lo-ia uma “escolha”?
Bem, há quem pense o ser (uma “escolha”)
Porém, não, em minha opinião
E o qu’eu acho [a respeito do amor]?
Eu penso que “amar”
Seja uma escolha
E o amor...
...não é uma escolha
Pois que, parece desabrochar
N’alma da gente

E o que o faz “germinar”?
Sintonias? Afinidades?
O que mais pode ser?

Levando-se ao raciocínio
de que como iremos definir
as afinidades?

O que atraem os que se amam?
Não seria em função d’alguma sintonia?
E a partir dela pode-se, quiçá, desenvolver uma viv’atração
... entre os que se amam (embora antes não sabiam... que se amavam)

Ó meu amado, acaso já se indagou que nosso amor não nasceu
... d’um “primeiro olhar” (como os chamados “amores à primeira vista”)?
Na verdade, “ouvimos” nossas palavras quando nos líamos
(sem saber que par’um e par’outro talvez direcionadas estariam)
E éramos quais dois “vultos” (em nossas reais imagens “ocultadas”)
Embora sentíamos que alguma coisa entre nós se fazia
E vivíamos “assim”
Na inconsciência dos movimentos de que nossas almas uma à outra
... buscávamos
A ouvir uma linguagem desconhecida e pura
Como a escutar uma doce voz n’um escuro espaço
Ou, quem sabe, n’um brincar de esconde-esconde (entre nós)
E se antes nossas vidas ansiosas e inquietas estavam
... eis que voltamos à paz e a alegria quais da primeira infância
A que nest’hora nossas almas s’entregam [com vivacidade e paixão]
... uma par’outra.... e sem medo
Na viva oferenda de nossos corações que entre nós fazemos

Ah! como eu te amo...

Juli Lima e Cássio Palhares