[...Inebriando-me] (Dueto)

[...Inebriando-me] (Dueto)

Onde estávamos antes?
Quem fomos nós... no tempo?
Quem somos nós... agora?

Em todos os séculos e milênios... existimos?
Ah! Perguntas qu'em tal grau nos inflama!

Amo, essa Alma
Que, intensamente, me encanta
E me deixa mais tonta de tanta tontice

Almas nossas que n'alvora do tempo... se despertam
E assim nos víamos... ao longe
N'um horizonte além das ondas de "nosso" Mar

Quem sairia ao encontro... de quem?
N'um ontem a protelar-se a ser... o hoje
Contudo, eis que o amor... avança
Não, não gosta d'estar... parado

Ao que almas se vão... ao inevitável encontro
Às vezes a fundarem nas místicas e oceânicas águas
Mas... sempre... emergindo... E caminhando... ébrias de amor
Até finalmente se encontrarem, num espaço-tempo, e se fundirem

Amo esse voar, sem asas, de versos,
em paralelos universos e dimensões quânticas
Sem sentir o tempo-espaço num ir e vir, tão longe-perto

Amo mergulhar, nesse “nosso” mar de emoções indecifráveis
sem cilindros, despida do medo, na viva expressão... de liberdade

Sentir-te e seguir-te serena
e transcendente de amor...
...Inebriando-me

Fausto de Deus e Juli Lima
[21/11/20]