Pensentires em Prosas, Versos e Sonhares.

Voar junto e dar ASAS aos Sonhos, amplia possibilidades, de viver-se intensamente.

Textos





[Lágrimas de felicidades...] (Dueto)


Passa o ônibus...
que era o qu'eu deveria nele entrar...
Deveria...
Mas, o deixo passar...
...e, ir embora

Passa o programa na televisão...
...qu'eu não presto atenção...
E, assim, não o vejo
E o deixo passar

Passa o avião no céu a deixar seu rastro de fumaça
Oh! Venceu a inércia.
Venceu a gravidade...
Alguns rompem a barreira do som...
Que maravilha da inteligência humana,
todavia, não o percebo...
...e o deixo passar

Como é paradoxal e triste
Se ter olhos, funcionais,
mas se viver
d'olhos fechados!

Ah, seres humanos!
Genuinamente
Quase humanos...

Sementes
Do Amor
Divino...

Sementes
DaquELE
Que tudo vê...
Mas, cegos
Funcionais...

Não se permitem
Enxergar
Os PRESENTES
Da Vida...

E agem,
Muitas vezes,
Qual crianças mimadas...
Que tudo quer,
E que só
Dá atenção
Quando outro
Quer e pega...

E, então
Faz manhas e malcriações...
“Humanos, demasiadamente humanos”
Já dizia o pensador...

[Que imaturidade é essa.
Que o faz brincar
De deus
Ou
De esconde-esconde
Co’a Vida?

Passa a Felicidade...
E não é que se deixa a Felicidade passar?
E, depois? Depois, se lamenta
A se fazer de vítima
Da Vida...

[Ser Humano...
Quando vou entender
O que é VIVER?

Sim, VIVER, plenamente, consciente,
estando atenta a tudo o que se apresenta aos meus sentidos,
físicos ou até metafísicos,
pois do contrário não tem sentido (viver),
ou será que tem sentido,
viver sem sentido ter?

Viver qual
Almas semivivas
que, por serem desatentas,
deixam o tempo passar, e se ir
Destas que só passam no tempo
e, em verdade, não vivem.

[E, de tudo reclamam
E se lamentam...
Contumazes
“vítimas” da Vida,
Ou será de si
Mesmas?

Ah, ser humano
Que sou...
A ignorar a Brisa,
Que me acaricia,
E traz de longe
Fragrâncias...
Brisa,
que passa e não a “vejo”

Mas...
Quando a “ventania e a tempestade” passam, ante meus olhos,
e estas, a açoitarem e desassossegarem, minh’alma...
Então, sim, eu as reparo
(porque delas tenho medo?!).
Será que sou movida
Pelo medo?

E por que não
Pelo AMOR?

[Humana e imatura...
Observo-me
Ancorada em medos infantis...

“Piso em ovos”...
ou numa corda bamba...
Revelo inseguranças e receios...

Até quando deixarei
A Vida passar,
Sem de fato,
Viver?

[Enquanto isso...

No livro do tempo
Escrevo...
E o qu’eu escrevo
Nem o tempo apaga...
Ele, guarda...
Para que um dia...
Eu, possa
Ler e reler...

E, quiçá
Eu possa verter lágrimas...
Lágrimas de felicidades...






Juli Lima e Cássio Palhares








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Melim - Peça Felicidade (Ouça)











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Imagens-Acervo Pessoal
Juli Lima e Cássio Palhares
Enviado por Juli Lima em 02/05/2022
Alterado em 02/05/2022


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