[A história de meu “existir”...] (Dueto)

[A história de meu “existir”...] (Dueto)

É preciso...
Olhar e ver
Se permitir Ser

É preciso...
Aceitar as diversidades
Conviver com a Luz e a sombra...

É preciso estar co’olhos d’alma abertos
Ao que saboreará a ventura da vida
Em todas as suas aventuras...

Ainda que muitas dolorosas sejam
Mas, como seria uma vida se dores também não sentisse?

[É preciso...
conviver...

Gosto de viver co’as pessoas
Mas confesso que prefiro a solidão...
A solitude me inspira e instiga a reflexão...

E vivo de forma trivial e descomplicada (pé no chão)
Sim, amo a simplicidade... (pés descalços)
e a cumplicidade co’ a Natureza...

Cheiro de chuva
Terra molhada
Flores...

Cheiro de Mato
Vento nas folhas
Canto dos pássaros

Maresia
Marulhar
Passos na areia

Co’olhos fechados
Sentir na pele
As quatro estações

Sentir...
com a alma
o psicológico tempo

Tempo individual
Marcado, não pelas horas
Mas por emoções e sentimentos...

Que para
Ou avança
Ou se mistura...

As sensações
São pinceladas
Pela subjetividade

Sei
Que o que sinto
Mas ninguém sente ou percebe...

Eis que sinto estes dias
um pouco diferente
Um’atmosfera desigual
Como a provar
também um sopro
diferente no ar

Pensamentos que n'alma voam
Ou pousam
nos versos vivos
Vestidos de sonoras imagens...
a que se criam e se firmam
... em seu místico universo
E sempre constantes
Por vezes... doces lembranças...
outras vezes...
inquietantes
anseios
Vontades...

[Tempo d’alma...
Marcado pela vivência
Pelos pensamentos, e até sonhos...

E deste modo é ela...a “Alma”
Oscilante qual ponteiro
de um vital
pêndulo...

Ritmicamente
ora prá lá-ora prá cá...
E, ora prá cá e ora prá lá...

Dias e noites...
Noites e dias nas estações
em que nela se misturam e alternam...

e se fundem... comungam-se
Não podem separar
Não, jamais

E enquanto vivaz
ela está ...
ao léu
nas mãos da vida
Que Pincela
na tela do Tempo
com cores dinâmicas
e ímpares
Uma história...

A história de meu “existir”...

Juli Lima e Cássio Palhares