[Amor, que transcende!] (Dueto)

[Amor, que transcende!] (Dueto)

“Estamos”... no tempo... presos
Não aprisionados, mas ligados, o tempo e nós,
numa convivência "quase pacífica"
(de nossa parte)
pela eternidade da vida...
Mas... “somos”... da eternidade... e,
portanto, somos livres...
[Livres?
Sim, somos livres... em noss’essência
[Somos seres cósmicos e a liberdade vibra em nós
Amor... infinito... no tempo?
É um instigante enigma pra ser desvendado
No tempo do despertamento
[...cada um com seu
...cada um

Seria possível?
Pergunto novamente:
Como se conhecer o que eterno seja...
... a quem preso s’encontra... no tempo?
Que compreensão se pode ter d’um amor infinito...
... quando tudo o que sabemos seja, pois, limitado?
[O ser humano, humanizou o Criador
E ainda humaniza o amor...
Projeta-se e as suas limitações
Limitam suas percepções
E se vivencia um “Amor”
Invertido.

O amor divino, ilumina, transcende
Sublima, faz feliz, cura...
Não há nele apego
Mas comunhão...
Pertencimento
Entrega
[A Natureza ama e ensina...

Meu Deus, todas nossas ideias precisam mesmo passar pela “razão”
Será que o amor necessita ser “carimbado” pela lupa do intelecto?
Oh! Tudo o que aqui sabemos é tão restrito...!
No que tudo o que aprovamos só o fazemos por comparações ou analogias
[E mesmo assim, o amor se amesquinha
Ao dar a ele a pequenez
Que somos
[Por quê, não o elevamos?
Por quê se diz amar
E sofrer?

O amor, não causa sofrimento...
Mas, nos arvoramos em mostrar a nossa sapiência
E brandamos, o sofrer por amar...
Quanta injustiça se faz
Ao amor!

Mas, o que se pode comparar ao infinito amor a que neste mundo sabemos?
Não, acreditamos que o amor seja mais que uma ideia
O amor ultrapassa qualquer parâmetro que conhecemos
[Mas, ignoramos, o orgulho, não nos permite
Aceitar, que o que sentimos é o
Desamor e não o amar...
O amor invertido
Que faz sofrer...
Porque é uma construção
De apegos egoístas...
É o meu prazer que importa!
Se eu quero e sinto...
É a minha satisfação
Querer e vontade
Que devem
Prevalece!

[E que venham
os gozos dos deuses!
Eu! Eu! Eu!
Tolos e cegos seremos se for essa escolha!

Ao que talvez até amemos mesmos... de forma... “inconsciente”, sei lá!
Já qu’enquanto “conscientes” tudo o qu’experimentamos seja sofrimento!?
[Pois se fala de que o amor faz sofrer, e há que ostente o prazer
De sofrer apenas pra mostrar que ama,
E será que ama?
Que Amor é esse?

[Por que se nega a ver e aceitar que o amor
não faz sofrer?

Ah! Graças a Deus o amor não é um experimento da razão, oh, não!
O amor é uma entrega d’alma... dos que a ele s’entregam
Contra tantos que têm medo de amar...
E, por assim o serem... vivem sem amor
[E, convivem com o desamor...
Sofrem por não amar...
Mas, quanto a nós, ó meu amor
Entreguemo-nos
ao amor... então...!
Amor, que transcende!
Amor, sem superlativos ou ostentações
Amor, apenas
AMOR!

“H” e Juli Lima